
Saber o que refletimos e espelhamos é saber quem somos…
e saber quem somos é um exercício que a maioria de nós foge de o fazer durante algum tempo e os outros durante a sua vida toda com os argumentos comuns de que
- “Não vale a pena perder tempo com nada disso!” (…)
- “Isso são só lamechices!” (…)
- “Isso é para os fracos!” (…)
- “Para que é qu’isso interessa?”
(…)
De facto, para que isso interessa?
Como quase tudo na vida, querer saber quem somos também é uma escolha. Uma escolha necessária. Uma escolha que interessa e se torna urgente para conseguirmos viver mais confiantes, tranquilos e com mais amor-próprio.
Quando sabemos quem somos, tornamo-nos mais tranquilos porque sabemos que não somos o que sentimos. Não somos o que pensamos. Não somos o que comemos como se diz por aí muito…
Tornamo-nos mais tranquilos porque sabemos que quando sentimos tristeza ou frustração não temos de ser pessoas tristes ou frustradas porque afinal não somos o que sentimos.
Quando temos pensamentos menos otimistas porque as coisas não têm corrido bem, não temos de ser pessoas pessimistas, porque não somos o que pensamos.
Permitimos ser muito controlados pelas nossas emoções e pensamentos.
Mas nós somos muito mais do que isso. Somos consciência. Somos resultado do nosso nível de tomada de consciência sobre aquilo que sentimos, pensamos e fazemos com essa mesma tomada de consciência…
Isto é sermos líderes de nós próprios (e é brutal)!
Conhecer e amar a nós próprios dá trabalho.
Não é um processo estanque ou automático. É contínuo e leva tempo. Leva a vida toda. E não tem de assustar ou paralisar. Pelo contrário: desafia e entusiasma.
O amor-próprio e a lucidez são os nossos maiores aliados para fazermos as melhores escolhas para nós e que, conscientemente, sabemos se vão refletir nos outros.
Nós também não somos estanques. Mudamos. Evoluímos, felizmente.
Refletimos o que sentimos?
Depende. Existe quem disfarce bem. E ainda bem… (digo eu).
Refletimos o que pensamos?
Existe de facto quem não consegue disfarçar nada…
A tomada de consciência e a lucidez permitem-nos levantar questões e esclarecer dúvidas. Permitem-nos, acima de tudo, reconhecer que não existem verdades absolutas. Que temos direito a estar enganados ou a errar… e os outros também.
A lucidez tem luz própria. E cada um de nós também.
Sabes o que refletes?